Por Andrey Romaniuk
O termo “Redpoint” ou “Rotpunkt” foi criado pelo escalador alemão Kurt Albert, por volta de 1975. Ao conseguir escalar sem quedas e em livre algumas vias, isto é, sem utilizar-se de meios ou apoios artificiais, Kurt pintava um pequeno ponto vermelho na base destas vias. Isto revolucionou a forma de entender a escalada no mundo inteiro e provocou o surgimento da modalidade esportiva como a entendemos hoje.
Mas o que seria o “Greenpoint” ou “Grünepunkt”?
Este termo está sendo usado nas falésias Bavárias para descrever a escalada de vias esportivas já existentes, que possuem proteções fixas ou chapeletas, porém sem utilizar estas proteções, confiando apenas em peças móveis para segurança, como Friends, Camalots e Stoppers. Ou seja, uma escalada mais “limpa”.
Trata-se de uma filosofia de escalada interessante, que também já é praticada em outras partes do mundo há algum tempo, inclusive no Brasil.
Heiko Queitsch é um dos escaladores que pratica este estilo, e este vídeo mostra um pouco desta filosofia.
Aqui no Paraná, antes mesmo do conhecimento do novo termo, várias vias já foram escaladas no estilo “Greenpoint”, sendo algumas:
Bocó – Setor 1 em São Luiz do Purunã
Bicho Grilo – Setor 1 em São Luiz do Purunã
Dorminhoco – Setor 2 em São Luiz do Purunã
Madre Teresa – Setor 3 em São luiz do Purunã
Estraga Prazeres – Setor 3 em São Luiz do Purunã
Cicatriz – Setor 3 em São Luiz do Purunã
Cata Ovo – Setor 3 em São Luiz do Purunã
Quando a mulher qué faz o que qué – Setor 3 em São Luiz do Purunã
Como tudo na escalada, este é mais um assunto polêmico, é uma opção de cada um, porém deve-se mantém a via como original, a não ser que haja o consetimento do conquistador em alterar algo na via, como retirar ou adicionar chapas.
Há de se chegar a uma boa medida na balança entre ousadia e segurança, e para uns a balança pende mais para um lado do que para outros, enfim meu próprio comentário já é polêmico… rss
Abrass e boas escaladas!