Por Bruno A. Severian
Baseado no livro de Jon Krakauer, “Na Natureza Selvagem” conta a história de Chistopher Johnson McCandless, que em 1990 se formou na faculdade e em algum universo paralelo seguiu uma brilhante carreira e viveu o sonho americano.
Felizmente na nossa realidade ele doou suas economias (US$ 24.000,00), queimou todo o dinheiro em sua carteira e destruiu todos os seus documentos, inclusive sua identidade. Renasceu Alex Supertramp e começou uma peregrinação de dois anos pela América, indo até o golfo do México de caiaque e andando e caronando até o Alaska, onde viveu da terra por 4 meses, até ser encontrado morto por caçadores dentro do ônibus 142 de Fairbanks.
Ao contrário das críticas que apontam McCandless como estúpido e irresponsável, ele estava determinado a embarcar numa jornada de auto conhecimento, um rito de passagem que só seria possível se ultrapassasse seus próprios limites, limites que tomaram o Alaska – “A Última Fronteira” – como cenário.
O fato é que McCandless realmente nascera no século errado, como dizem amigos entrevistados no livro de Krakauer. Nasceu num século onde sinônimo de sucesso é dinheiro, onde pessoas deixam de viver, correndo atrás de “carreiras”, onde não existe um punhado de terra firme não mapeado. Teve que dar seu próprio jeito: livrou-se dos mapas, e procurou lugares e momentos que fizessem seu coração bater mais forte.
Não consigo evitar de pensar num desfecho diferente pra essa história: em algum universo paralelo McCandless saiu vivo dessa – conseguiu vadear o Teklanika, deixou o Alaska e reuniu-se à civilização, renascido e pronto para levar uma vida longa ao lado da família, de uma eventual esposa e de prováveis filhos. Acredito que escreveria um livro sobre sua Grande Aventura, no melhor estilo Jack London e pudesse nos passar a mensagem, ou “fórmula” de uma vida plena. Provavelmente não seria um best-seller. Nem viraria filme. Talvez não fosse um desfecho muito satisfatório. Talvez McCandless sucumbisse a esse mundo corrompido e sua voz nunca seria ouvida. Onde as pessoas precisam de um grande chacoalhão pra iniciar qualquer mudança, foi extremo: ofereceu sua própria vida e deixou que outros contassem sua história. Felizmente.
Trailer
MUITO BOM ESSE FILME,É ALGO PRA REFLETIRMOS NA VIDA DIÁRIA OU QUANDO ESTAMOS POR AI AO SABOR DO VENTO…ABRÇS
Esse filme me emocionou profundamente…
Momento de reflexão e busca de liberdade e felicidade.
E como o próprio Alex chega à conclusão…”a felicidade só tem valor se compartilhada”…eu compartilho com vocês a felicidade e emoção de ler esse blog e encontrar conteúdo de primeira qualidade e de verdadeiros amigos da montanha e da Mãe Terra.
Abraços !
Miriam Chaudon.