Por Márcio Grochocki
Amigos leitores, eu preciso desabafar para vocês. Nesse final de semana fui perturbado por um terrível pesadelo, comparado àqueles resultantes de uma noite de intensa febre.
Sonhei que fui escalar em São Luiz do Purunã, mas lá chegando fui barrado por centenas de carros que tomavam conta de toda estradinha até o Cristo, existia até um estacionamento no campo de entrada do Setor 1 onde se cobrava R$ 15,00 para estacionar o carro.
Hordas de zumbis cambaleavam pela estrada que estava recoberta de papeis, latas e garrafas. O som que ecoava não era o do vento ou o grito das andorinhas acolhidas nas gretas, mas uma música neurótica e repetitiva; trilha sonora digna de uma viagem ao inferno.
Inebriado por toda aquela loucura sem sentido, pensei na recuperação de trilhas, construção de contenções, colocação de degraus, conserto de cercas, coleta de lixo e elaboração de projetos de uso sustentável. Lembrei também que a propriedade é particular e lá os escaladores são intrusos que, aliás, só trazem problemas; sendo o maior deles não darem lucro nenhum.
Pensei com meus mosquetões: Como foram pretensiosos aqueles escaladores que um dia pensaram em recuperar o local dos impactos causados pela visitação, buscando principalmente um bom relacionamento com o proprietário.
Fui tomado por uma profunda tristeza ao ver nosso querido templo de arenito profanado.
Mas ainda bem que foi apenas um pesadelo.
Não foi?